Com a simpatia que o caracteriza, João Marreiros aceitou ser entrevistado pelo Estádio 11 e contou detalhes e experiências da sua carreira. Desde a final do play-off de 2016/17 em que com as cores do Casa Pia enfrentou a equipa do Fafe perante milhares de adeptos, passando pelo jogo da Taça de Portugal de 2018/19, a defender a baliza do Amora FC, em que esteve a segundos de eliminar o Belenenses SAD.
João já estiveste em vários clubes, desde o Cova da Piedade, passando pelo Almada, Casa Pia, Amora, Fabril. Qual o jogo que mais te marcou?
Já são alguns jogos. Recordo-me do Portimonense vs Cova da Piedade (Taça de Portugal), que foi dos primeiros jogos importantes que tive enquanto sénior que acabámos por ganhar em penaltis, tinha apenas 19 anos.
No Casa Pia, numa época muito difícil e competitiva conseguimos ir ao play-off de subida à 2ª Liga contra o Fafe. O jogo em Fafe acabámos por perder e por não subir mas foi um grande jogo num estádio completamente lotado.
Na época passada, e tu estavas lá, na Taça de Portugal (contra o Belenenses SAD). Os jogos são todos importantes e marcantes mas este fica na memória por nos ter corrido bem, por toda a envolvência. Foi um jogo bonito, tanto dentro como fora do relvado.
Depois o mais recente o Fabril vs Moreirense, por ser um jogo contra uma equipa de 1ª Liga num estádio de 1ª Liga. Temos uma casa de fazer inveja a muitos clubes de topo. É um sonho do clube voltar a esse patamar e tem condições para isso.
Sonhas com defesas? Qual é aquela defesa que fizeste e não te sai da cabeça?
Não costumo pensar nas defesas que faço mas imagino as que vou fazer. Defesas ou lances que poderão acontecer durante os 90 minutos. Depois dos jogos tento descansar. É o ritual que tenho depois dos jogos. Abstrair-me e concentrar-me noutras coisas.
De todos os estádios onde já jogaste, qual é o que ficou marcado com maior destaque na tua memória?
Recordo o campo do Beira-Mar de Almada por ter sido o meu clube de formação. O Amora, apesar de não ter jogado lá muito tempo foi um clube e uma equipa que me marcaram. Tínhamos uma equipa fantástica. Malta amiga. E as coisas resultavam. Isso sentia-se no estádio. Também no play-off de subida à segunda liga no estádio do Fafe, nunca tinha visto um estádio tão cheio.
E quais os adeptos que mais te marcaram? Tirando claro, por ser politicamente correcto, os do Fabril.
O Cova da Piedade por terem sido os primeiros enquanto sénior. Por ter sentido as primeiras verdadeiras sensações do que é realmente o futebol. No Amora, que é um clube que tem uma massa adepta que é difícil não gostar. A claque, que são incansáveis no apoio à equipa, do primeiro ao último minuto e de onde levo amizades para a vida. Sem dúvida um sitio onde senti-me muito bem e muito acarinhado. No Casa Pia que também vinham connosco para todo lado. O Fabril não tem tido muitas pessoas a ver os jogos mas as que tem são super importantes e fundamentais para nós. Acho que todos os adeptos são importantíssimos, são eles a força extra que por vezes pode faltar a quem está dentro de campo.
Preferias subir à II Liga ou defender uma grande penalidade do Messi perante 60.000 adeptos?
<risos> Subir à II Liga! É um consumar de coisas mais importantes. Envolve muitos mais jogos e muitas mais emoções. Não deixaria de ser uma grande penalidade do Messi mas… é apenas um momento. Subir de divisão é um consumar de objectivos alcançados passo a passo. Sendo esse o foco dos jogadores e do clube, acho que é muito mais emocionante e prazeroso a subida de divisão.